Se a pandemia covid-19 ensinou alguma coisa para os florentinos, foi que não é possível ter um centro da cidade destinado exclusivamente ao turismo. Por este motivo o Comune di Firenze estuda novas medidas em relação aos imóveis em Florença.

Com a queda repentina do turismo devido as limitações de circulação e lockdown, Florença percebeu que boa parte do centro histórico não era mais habitado por residentes. Para tentar remediar isso daqui para frente, o prefeito (sindaco) Dario Nardella pretende mudar algumas regras. A começar pela limitação de novos hotéis no centro de Florença, mesmo se com medida inferior a 2 mil metros quadrados.
O novo plano operativo prevê que não será possível realizar nem mesmo os pequenos hotéis, chamados de petit hotel”. A norma é limitada ao centro porque a área central já está lotada de hotéis. “Preferimos ter novas estruturas de hospedagem em outros bairros ou na área metropolitana para favorecer a descentralização do turismo” – explicou o prefeito Dario Nardella ao jornal italiano La Nazione.
Outra novidade são os imóveis minúsculos em Florença geralmente destinados ao aluguel por tempo breve: Dario Nardella quer manter 50 metros quadrados como o mínimo para as habitações, mas se for possível quer aumentar os espaços. Nardella disse que pediu a assessora Cecilia Del Re para aumentar, se possível, os 50 metros quadrados em algumas áreas e setores porque “o Covid nos ensinou que a casa não é mais o lugar apenas para dormir. E não temos dúvidas que o smart working terá um aumento inevitável e mudará a forma de trabalho mesmo após a pandemia”.
Para as empresas, o prefeito disse que estão pensando em medidas como Imu comercial gratuito para novas empresas que queiram abrir no centro histórico. Outra hipótese é alterar o Imu para as segundas casas, diminuindo o valor de quem aluga o imóvel por período médio-longo ou seja, sem destinar o apartamento para o aluguel turístico. E pede “leis que deem a possibilidade aos prefeitos de regular um fenômeno social e cultural como o turismo, que não pode ser totalmente livre, nem pode ser espremido pela cultura da renda passiva”.
E promete a fazer um novo censo no centro histórico para saber quantas famílias abandonaram o centro de Florença nos últimos anos. O trabalho continua em direção aos bairros: “O objetivo é que todo cidadão encontre o que precisa, dos serviços aos bens essenciais, a dez minutos de casa. Todos os bairros devem ser auto-suficientes. Não dá para ter bairros comerciais que drenam o fluxo das pessoas que se movem por quilômetros de um bairro a outro.”
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